Episódio 6: Habitação Sustentável e Parcerias para o Impacto | Simão OOM (Just a Change) & Hugo Mé (EDP)

Neste episódio convidámos duas organizações que trabalham em parceria –  a Just a Change que se propõe a resolver um problema estrutural concreto: a degradação da habitação. Fá-lo través do voluntariado e de uma visão assente num modelo de sustentabilidade financeira bastante assertivo; e a EDP que, através de ações de RSE integradas ao seu core business prepara as casas reabilitadas para o futuro.

Este projeto é mais do que uma parceria entre uma empresa e uma ONG, é um compromisso entre a sociedade civil e o setor lucrativo, entre voluntários e acionistas, em prol da habitação sustentável. Um compromisso pragmático viável e provavelmente lucrativo.

Desde a Conferência das Nações Unidas sobre os Aglomerados Urbanos em Vancouver, em 1976, a de Istambul, em 1996, a conferência Habitat III e a adoção da Agenda 2030 em 2015, têm-se observado melhorias significativas na qualidade de vida de milhões de habitantes em áreas urbanas, incluindo de moradores em construções clandestinas e precárias, de bairros de barracas e aglomerados informais. Contudo, a persistência de múltiplas formas de pobreza, de crescentes desigualdades e degradação ambiental subsistem entre os maiores obstáculos para o desenvolvimento sustentável em todo o mundo, sendo a exclusão socioeconómica e a segregação espacial realidades frequentemente manifestas em cidades e aglomerados urbanos.

A Agenda Urbana que resulta da conferência Habitat III pretende pôr termo à pobreza e à fome em todas as suas formas e dimensões, reduzir desigualdades, promover o crescimento económico contínuo, inclusivo e sustentável, alcançar a igualdade de género e o empoderamento de mulheres e meninas com vista a aproveitar completamente o seu contributo vital para o desenvolvimento sustentável, a melhorar a saúde e o bem-estar humanos, bem como, promover a resiliência e proteger o ambiente.

Em Portugal ainda há pessoas a viver em barracas, ainda há casas onde chove no seu interior, pouco adequadas à dimensão do agregado familiar; sem disporem das condições higiénico-sanitárias, admissíveis para país europeu que consagra o direito à habitação” (Gonçalo Antunes, 2017). Mesmo quando isso estiver resolvido, “antes de chegarmos à classe média ainda temos muita gente – a que vive em edifícios coletivos, mas em locais extremamente degradados”.

O desafio dos nossos dias é assim resolver não só o problema das habitações nas populações mais pobres, a crise que estamos a viver com a classe média, mas também a premissa da habitação sustentável com habitações mais eficientes saudáveis e seguras.

O projeto que falámos aborda estes desafios:

Recomendações

Hugo Mé: Aplicação To Good to Go https://toogoodtogo.pt/pt

Simão OOM: Associação APAC Portugal https://www.apac-portugal.pt/

Créditos

Fotografia: Marco Santos Marques
http://marcosantosmarques.com/

Sonoplastia: Fast Foward
http://www.ffilmes.pt/

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